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São Bernardo tem 1ª morte por dengue no ano e 4ª da região

Outras nove estão em investigação; ações de combate mostram resultado, já que no mesmo período de 2024 foram registrados 39 óbitos

Tatiane Pamboukian
13/05/2025 | 09:04
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FOTO: Divulgação


A quarta morte por dengue de 2025 no Grande ABC foi registrada no dia 1º de maio, em São Bernardo, a primeira da cidade este ano, levando em conta os casos contabilizados de 1º de janeiro a 3 deste mês, de acordo com dados do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde. As outras três mortes foram em Santo André – uma ocorrência, em março – e Diadema, com duas, em abril. Mais nove possíveis óbitos pela doença estão sob investigação. No mesmo período do ano passado, a região já havia contabilizado 39 mortes, queda de 90% na comparação anual. Em junho de 2024, o Diário havia informado número inferior de óbitos para o período, pois alguns deles ainda eram analisados e, posteriormente, acabaram confirmados. Os números indicam que as ações de prevenção mostram resultado. 

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De acordo com a Secretaria de Saúde de São Bernardo, o paciente morte este ano tinha 56 anos. Ele testou positivo para infecção por dengue e faleceu em decorrência de infarto agudo do miocárdio. Nas primeiras 19 semanas do ano, foram computados 11.619 casos de dengue nas sete cidades. Diadema liderou com 4.576, seguida por Santo André (2.415), São Bernardo (2.328), Mauá (1.277), São Caetano (688), Ribeirão Pires (243) e Rio Grande da Serra (92).

Em 2024, foram 42.707 casos. Em relação às mortes, no ano passado a cidade são-bernardense foi a que mais teve registros, com 11, seguida por Diadema (dez), Santo André (nove), Mauá (seis) e São Caetano (três) – Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não tiveram ocorrências. Em 2023, o Grande ABC tinha zerado os óbitos pela doença. 

No Estado, foram notificados, este ano, até 3 de maio, 721.519 casos e 607 óbitos. Ainda há 517 mortes em investigação. 

PREVENÇÃO

As prefeituras atuam em duas frentes para diminuir os casos de dengue. A vacinação é uma delas, ofertada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, nas UBSs (Unidade Básica de Saúde), de segunda a sexta-feira. Mas a principal delas é o combate aos focos do mosquito transmissor. Os agentes de controle de zoonoses dos municípios realizam as atividades preconizadas no Plano Nacional de Controle do Aedes aegypti, desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Entre elas, está o monitoramento de locais com infestação do mosquito e de pontos que podem se tornar criadouros por terem recipientes com água parada. Os agentes também visitam imóveis com grande circulação para eliminar os riscos e orientar a população. Outra estratégia é a nebulização, que consiste na aplicação de inseticida nas áreas mais propensas à proliferação do Aedes aegypti.

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OUTRAS

O Aedes aegypti transmite outras doenças, como a Chikungunya, que aparece em incidência muito menor. Em 2024, o Grande ABC, nas 19 primeiras semanas, registrou 42 casos prováveis, sem mortes. No ano todo, foram 59 casos prováveis e um óbito. No Estado, foram 8.644 casos e quatro mortes. Os sintomas dessas duas doenças são semelhantes, mas têm algumas diferenças. Na dengue a febre alta (40°C) de início súbito está sempre presente. Já na chikungunya, as dores articulares são muito mais fortes.




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