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Pantheon estima crescimento real de 2,3% para PIB do Brasil em 2025; e de 1,5% em 2026
19/05/2025 | 19:00
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A consultoria Pantheon Macroeconomics projeta um crescimento real de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, "ligeiramente acima" da estimativa anterior por conta do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) acima do esperado, mas destaca que se trata de um ritmo "notavelmente mais lento" do que o crescimento real de 3,4% registrado em 2024. A estimativa anterior era de alta de 2,1% para o ano - e a de 2026 foi mantida em 1,5%.

A expectativa é de que a atividade econômica no Brasil passe por uma desaceleração após um primeiro trimestre forte. "O auge do setor agrícola é insustentável, e provavelmente se normalizará nos próximos trimestres. Além disso, o impacto do aperto monetário se intensificará. As taxas de juros, que começaram o ano em 13,25%, agora estão em 14,75%", afirma o economista-chefe para América Latina Andres Abadia, em relatório.

A Pantheon não descarta a possibilidade de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) faça "aumentos modestos" na Selic, caso a inflação supere as expectativas.

Ainda assim, menciona que a política monetária mais restritiva já está pesando na expansão do crédito, no consumo das famílias e nos investimentos empresariais. Riscos externos - incluindo a interrupção do comércio e a possibilidade de uma desaceleração econômica global - representam ventos contrários adicionais.

2026

Para 2026, a expectativa da Pantheon é de que o crescimento do PIB fique em 1,5%, apoiado pela expectativa de isenção no imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, efeitos de uma base comparativa favorável, e aumento do investimento público.

"Ainda assim, esperamos que o crescimento permaneça moderado em comparação com anos recentes, visto que efeitos defasados da política monetária restritiva continuam pesando na recuperação, com riscos inclinados para o lado negativo", diz Abadia.

As condições globais também podem piorar, com eventual escalada das tensões comerciais. Já no cenário doméstico, a normalização do setor agrícola e a confiança frágil em outros setores podem impedir um impulso forte.




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