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Servidores do Judiciário na região mantêm greve por reajuste salarial

Paralisação já afeta fóruns e serviços judiciais; próxima assembleia será no dia 28, no centro de São Paulo

Da Redação
23/05/2025 | 12:02
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FOTO: Divulgação


A greve dos servidores do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) ganhou força na última quarta-feira (21), com forte adesão de trabalhadores das comarcas do Grande ABC — incluindo Santo André, São Bernardo e São Caetano. Eles se juntaram aos colegas na Praça João Mendes, no centro da capital, em um protesto que reuniu representações de mais de 50 comarcas e 20 fóruns da Grande São Paulo.

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O principal alvo do movimento é o TJ-SP, acusado de ignorar as perdas salariais acumuladas desde 2012, que segundo a categoria ultrapassam 25%. “No início de 2024, esse índice já passava de 30%. E o Tribunal ofereceu apenas 5% de reajuste, sem negociação de verdade”, critica Ednaldo Batista, presidente da Apatej (Associação Paulista dos Técnicos Judiciários).

Com forte atuação na região e outras regiões do estado, a Apatej denuncia a falta de diálogo real com a presidência do Tribunal. “Eles marcam reuniões, mas não trazem soluções. Só enrolação”, disparou Ednaldo.

A paralisação iniciada em 14 de maio já impacta o funcionamento de fóruns e demais unidades do TJ-SP. Durante o ato, uma comissão de grevistas foi recebida pela presidência do Tribunal, que prometeu discutir o tema em uma reunião agendada — até agora virtual — para o dia 28 de maio. “Queremos que seja presencial. O Tribunal tem que olhar nos nossos olhos e dizer como pretende pagar o que nos deve”, disse o dirigente.

A próxima assembleia geral da categoria será justamente no dia 28, às 13h, novamente na Praça João Mendes. A expectativa é de que o TJ-SP apresente uma contraproposta que possa destravar a negociação.

O Diário entrou em contato com o Tribunal de Justiça, mas até o momento não obteve resposta. O texto será atualizado caso o órgão se manifeste.




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