Política Titulo Artigo
Dinheiro dos idosos vira fantasma
Dirceu Cardoso Gonçalves
28/04/2025 | 09:41
Compartilhar notícia


O incidente que derrubou o presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tende a ser o novo fantasma a assombrar os escaninhos do governo do presidente Lula, que tanto tem feito para se viabilizar candidato a um novo mandato em 2026 e tem encontrado muitos problemas pelo caminho, que chegam a inviabilizar suas engenhosas atitudes políticas. As mudanças no Imposto de Renda, o pé-de meia aos estudantes outras benesses distribuídas, têm tudo para garantir sua reeleição, mas ela poderá não acontecer se o “fantasma” atacar como já fez em épocas passadas.

O problema dos aposentados estabelece uma nova luta política entre situação e oposição. Os situacionistas tentam imputar o problema ao governo de Jair Bolsonaro – pois teria acontecido a partir de 2019 – afirmam que Lula foi quem mandou investigar e chegou à grande fraude. O próprio governo diz que vai devolver aos velhinhos o que foi indevidamente descontado de seus salários. Mas, mesmo assim, a oposição articula a montagem de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados para apurar a fundo o problema.

Além dos problemas já enfrentados por Lula, a Nação ainda lembra dos impeachments de Fernando Collor (1992) e de Dilma Rousseff (2016). Ambos deixaram marcas profundas. Collor, o outrora caçador de marajás purgou a inelegibilidade e depois dela voltou a eleger-se. Mas nesta quinta-feira restou preso pela Polícia Federal, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Por conta dos antagonismos, as lideranças políticas brasileiras têm encontrado muitos problemas pelo caminho. Jair Bolsonaro, por exemplo, é acusado de uma série de crimes e irregularidades (o principal deles tentar montar um golpe de Estado) e hoje encontra-se com a inelegibilidade decretada e indiciado como réu em processo no STF.

Não me cabe, como cidadão, emitir opiniões sobre o trabalho judicial. Isso é tarefa do Ministério Público e dos defensores dos réus. Preocupa-nos, no entanto, a situação em que as lideranças políticas – notadamente os ex-governantes – enfrentam depois de terminados seus mandatos. Melhor seria se não houvesse o antagonismo permanente que há décadas vem fazendo sofrer os políticos e, com eles, os seus seguidores. Se alcançarmos a paz, será melhor mas, para isso, precisamos melhorar os controles.

Toda a Nação sabe que Lula faz um governo gastador. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o próximo governo, independentemente de quem seja o presidente, tem de conter gastos vigorosamente. Importante previsão para o futuro. Pena que a ministra, que tem essa sombria previsão para o próximo mandato, não esteja empenhada a convencer seus pares e, principalmente o chefe, a começarem a economia já. 

Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;